The National Times - Salão da Aeronáutica de Le Bourget começa com contrato recorde

Salão da Aeronáutica de Le Bourget começa com contrato recorde


Salão da Aeronáutica de Le Bourget começa com contrato recorde
Salão da Aeronáutica de Le Bourget começa com contrato recorde / foto: © AFP

A companhia aérea indiana de baixo custo IndiGo anunciou nesta segunda-feira (19) a encomenda de 500 aviões Airbus A320neo, um pedido recorde na aviação civil, que marcou o retorno do salão da aeronáutica da França, após um hiato devido à pandemia.

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Helicópteros, caças Rafale e o último avião de passageiros A321 XLR da Airbus sobrevoaram hoje o céu cinzento no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, para "o salão aéreo de recuperação", nas palavras dos organizadores.

A primeira edição do evento bienal desde 2019 tem um novo enfoque na defesa, após a invasão russa à Ucrânia, e nos esforços da indústria para reduzir sua pegada de carbono. O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou ao aeroporto em um helicóptero que usa 30% de combustível de aviação sustentável (SAF, sigla em inglês).

O salão de Le Bourget, o maior do mundo em número de visitantes, estimados em 320 mil, costuma ser marcado por anúncios de grandes compras, voos de demonstração e apresentações tecnológicas. A IndiGo protagonizou o principal anúncio do primeiro dia, com o pedido de 500 Airbus A320neo e A321neo por um valor total de catálogo de 55 bilhões de dólares (R$ 263 bilhões), embora os preços reais de venda costumem ser inferiores.

A encomenda destes aparelhos, que serão entregues entre 2030 e 2035, representa um passo histórico para ambas as empresas, ressaltou o diretor-geral da IndiGo, Pieter Elbers, cuja empresa espera aproveitar o aumento dos voos na Índia.

- 'Sobriedade' ecológica -

A Boeing e a europeia Airbus estão no centro das atenções, especialmente neste momento, em que o tráfego aéreo mundial caminha para retornar ao nível pré-covid e as empresas procuram renovar suas frotas com aviões mais rentáveis e com menos emissões de CO2.

Para 14 ONGs, no entanto, o evento, que termina no próximo domingo, ilustra a "negação climática". "Sem limitar o tráfego aéreo, não poderemos reduzir suficientemente as emissões, o ruído ou a poluição no tempo disponível."

Questionado sobre os pedidos por uma redução do lugar do avião, por razões ambientais, o chefe de Estado francês defendeu uma "sobriedade" ecológica "razoável", e "não punitiva", e considerou "insensato abrir mão do crescimento".

O conflito na Ucrânia também estimulou os países a aumentar seu gasto militar. Militares ucranianos percorreram o enorme espaço do evento, do qual a Rússia foi excluída, e fotografaram alguns dos mísseis em exposição.

O salão de Le Bourget oferece um fórum para o anúncio de acordos com cerca de 2,5 mil empresas que se apresentam para mostrar seus aviões, drones, helicópteros e protótipos mais recentes, como táxis voadores.

Os Estados Unidos têm uma presença importante, com 425 expositores, reforçada pelo interesse renovado em equipamentos militares após a guerra na Ucrânia. Também participam empresas de outros 46 países, entre eles Brasil, China, México e Espanha.

P.Murphy--TNT