The National Times - Irã lançará 'centrífugas avançadas' em resposta às críticas da AIEA

Irã lançará 'centrífugas avançadas' em resposta às críticas da AIEA


Irã lançará 'centrífugas avançadas' em resposta às críticas da AIEA
Irã lançará 'centrífugas avançadas' em resposta às críticas da AIEA / foto: © AFP

O Irã anunciou, nesta sexta-feira (22), que vai lançar uma série de "novas centrífugas avançadas" em resposta à resolução aprovada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que critica Teerã pela falta de cooperação em questões nucleares.

Alterar tamanho do texto:

A moção da AIEA, apresentada por Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos no conselho de administração desta organização das Nações Unidas, teve 19 votos a favor entre os 35 países representados, segundo fontes diplomáticas consultadas pela AFP.

China, Rússia e Burkina Faso votaram contra o texto, que também teve 12 abstenções. A Venezuela não pôde participar da votação.

Após o voto, o representante do Irã criticou um gesto "politicamente motivado", em declarações à AFP.

"O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã emitiu uma ordem para tomar medidas eficazes, incluindo o lançamento de uma série significativa de novas centrífugas avançadas de vários tipos", de acordo com uma declaração conjunta desta organização e do Ministério das Relações Exteriores iraniano.

Centrífugas são máquinas que enriquecem o urânio transformado em gás, girando-o em altíssima velocidade, o que permite aumentar a proporção de matéria isotópica físsil (U-235) para diversos usos.

"Paralelamente, a cooperação técnica e de garantia com a AIEA continuará, como no passado", de acordo com os compromissos assumidos pelo Irã, especificaram as autoridades iranianas.

Behruz Kamalvandi, porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã, afirmou nesta sexta-feira que as novas medidas estão principalmente relacionadas com o enriquecimento de urânio.

"Aumentaremos consideravelmente a capacidade de enriquecimento com o uso de diferentes tipos de máquinas avançadas", disse ele na televisão estatal.

As medidas de represália do Irã "podem ser retiradas" se a AIEA recuar "ou se abrir negociações", disse à AFP o cientista político Hadi Mohamadi, em Teerã.

- "Obrigações legais" -

O texto validado na quinta-feira em Viena, simbólico até o momento, lembra ao Irã as suas "obrigações legais" sob o Tratado de Não Proliferação (TNP), ratificado em 1970.

Os países que promovem esta medida denunciam que o Irã acumula quantidades significativas de urânio altamente enriquecido com as quais poderia desenvolver uma arma nuclear.

A resolução afirma que "é essencial e urgente" que o Irã forneça "respostas técnicas credíveis" sobre a presença de restos de urânio inexplicáveis em dois locais não declarados, escrevem os autores do texto.

Os países ocidentais também exigem "um relatório completo" da AIEA até a primavera de 2025.

O Irã defende o direito à energia nuclear para fins civis, mas nega categoricamente que pretenda desenvolver armas atômicas, embora o seu programa nuclear não pare de crescer.

Em 2015, o Irã e as potências mundiais assinaram um acordo que previa o alívio das sanções internacionais contra Teerã em troca de garantias de não desenvolver uma arma nuclear.

- "Boa vontade" -

Os Estados Unidos, porém, retiraram-se unilateralmente do acordo em 2018, sob o presidente Donald Trump, e restabeleceram duras sanções contra Teerã.

Em retaliação, o Irã aumentou consideravelmente o seu arsenal de materiais enriquecidos e elevou o limite para 60%, perto dos 90% necessários para fabricar uma arma atômica e longe dos 3,67% estabelecidos pelo acordo.

Além disso, desde 2021, Teerã restringiu significativamente a sua cooperação com a AIEA, desligando câmeras de vigilância e retirando a permissão de acesso de inspetores experientes.

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, um defensor do diálogo com os países ocidentais, disse querer esclarecer "dúvidas e ambiguidades" sobre o programa nuclear do seu país.

O Irã estima ter dado sinais de "boa vontade" ao convidar o chefe da AIEA, Rafael Grossi, para visitar as usinas nucleares de Natanz e Fordo, no centro, na semana passada.

E.Reid--TNT

Apresentou

Oposição sul-coreana busca impeachment do presidente Yoon após sua fracassada lei marcial

Os legisladores sul-coreanos apresentaram, nesta quarta-feira (4), uma moção para destituir o presidente Yoon Suk Yeol, acusando-o de tentar evitar investigações penais sobre ele e sua família ao impor uma lei marcial, que precisou ser revogada poucas horas depois devido à pressão popular.

Deputados franceses debatem moções de censura contra o governo e pedem renúncia de Macron

Os deputados de esquerda e de extrema direita devem derrubar, nesta quarta-feira (4), exceto em caso de grande surpresa, o governo do primeiro-ministro francês, Michel Barnier, em meio a pedidos de renúncia do presidente Emmanuel Macron, aumentando a crise política existente na segunda maior economia da (UE).

Trump pode reconsiderar polêmica nomeação de Pete Hegseth para Defesa, afirma imprensa

A polêmica nomeação de Pete Hegseth para secretário de Defesa causa controvérsia até mesmo entre os republicanos, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser obrigado a reconsiderá-la, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (4), que cita como possível substituto o governador da Flórida, Ron DeSantis.

Separadas pelo conflito, mãe e filha russas se reencontram graças a ucraniano

Anastasia Gridina foi repentinamente separada de sua filha, Darina, de três anos, pela nova linha de frente estabelecida em agosto, quando o Exército ucraniano ocupou de surpresa a região russa de Kursk.

Alterar tamanho do texto: