The National Times - Springsteen diz em comício de Kamala que Trump quer ser um 'tirano'

Springsteen diz em comício de Kamala que Trump quer ser um 'tirano'


Springsteen diz em comício de Kamala que Trump quer ser um 'tirano'
Springsteen diz em comício de Kamala que Trump quer ser um 'tirano' / foto: © AFP

Kamala “concorre para se tornar a 47º presidente”, e Trump, "para ser um tirano", disse, nesta quinta-feira (24), o cantor de rock Bruce Springsteen sobre Kamala Harris e Donald Trump, antes do primeiro comício da vice-presidente com Barack Obama na Geórgia.

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A vice-presidente democrata aposta tudo em uma carta. O que está em jogo nas eleições presidenciais de 5 de novembro, segundo ela, é a defesa da democracia frente ao seu rival, o ex-presidente republicano Donald Trump, que considera "cada vez mais desequilibrado" e interessado em um "poder sem controle".

Não é uma tarefa fácil. Kamala segue empatada nas pesquisas com Trump, dentro da margem de erro, principalmente nos sete estados-chave que podem decidir o resultado. A candidata democrata afirma que o republicano "trama uma vingança e represálias" contra seus inimigos políticos.

- 'Em segundos' -

Em entrevista de rádio, Trump anunciou que, se for eleito, vai demitir "em segundos" o promotor especial que supervisiona seus problemas judiciais. Segundo Kamala, seu adversário está exausto: “A parte triste disso é que ele tenta ser presidente dos Estados Unidos, provavelmente o trabalho mais difícil do mundo, e está exausto”.

Na tarde de hoje, Kamala divide o palco pela primeira vez com o ex-presidente Barack Obama, que suou a camisa sozinho nos últimos dias para que ela se torne a primeira mulher à frente do país. O comício começou com uma apresentação de Bruce Springsteen, cujos hinos à luta da classe trabalhadora o tornaram um dos artistas mais populares do país.

"Ela concorre para se tornar a 47ª presidente dos Estados Unidos. Donald Trump concorre para ser um tirano americano", disse o cantor, que interpretou três canções para uma plateia fervorosa em Atlanta. “Ele não entende este país, sua história ou o que significa ser profundamente americano. Por isso, em 5 de novembro votarei em Kamala Harris e Tim Waltz”.

A candidata democrata vem repetindo mais do que nunca que Trump nunca aceitou ter perdido as eleições de 2020 para Joe Biden, e que ele não deu garantias de que vai reconhecer os resultados de 2024. Na próxima terça-feira, ela fará "uma argumentação final" contra Trump em Washington, no local onde o ex-presidente discursou para os seus simpatizantes antes que eles atacassem o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 em uma tentativa de evitar a certificação da vitória de Biden.

Trump, que chama Kamala de "estúpida" e Obama de um "verdadeiro idiota", participou de um comício no Arizona, um dos sete estados decisivos para as eleições. O candidato falou sobre a imigração ilegal, pela qual culpou duramente Kamala.

- 'Lata de lixo' -

"Kamala Harris orquestrou a traição mais abominável. Erradicou nossa fronteira soberana e liberou um exército de grupos de imigrantes que travam uma campanha de violência e terror contra os nossos cidadãos", disse Trump. “Nenhuma pessoa que seja responsável por tanto derramamento de sangue e tanta morte em nosso território pode ser autorizada a se tornar presidente dos Estados Unidos”.

Os imigrantes “vêm de 181 países. Somos uma lata de lixo para o mundo", disse Trump para a multidão. Ele participa ainda hoje de outro comício, em Las Vegas.

O magnata insiste em dizer que vai deportar maciçamente os imigrantes em situação irregular e invocar uma lei de 1798 para acelerar as expulsões dos membros das gangues Trem de Aragua e MS-13.

Em entrevista de rádio, Trump comparou hoje a UE a uma "mini-China" em matéria comercial. "Não levam nossos carros, não levam nossos produtos agrícolas, não levam nada", reclamou. "A UE é uma mini-China, mas não tão mini".

F.Hughes--TNT