The National Times - Biden 2024, o mistério de uma campanha cujo lançamento ninguém nega nem confirma

Biden 2024, o mistério de uma campanha cujo lançamento ninguém nega nem confirma


Biden 2024, o mistério de uma campanha cujo lançamento ninguém nega nem confirma
Biden 2024, o mistério de uma campanha cujo lançamento ninguém nega nem confirma / foto: © AFP

Ninguém na Casa Branca diz abertamente que Joe Biden vai anunciar sua campanha à reeleição para 2024 na próxima terça-feira (25). E, ao mesmo tempo, ninguém diz que ele não vai, inclusive o próprio Biden.

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Perguntado na sexta-feira pela AFP se estava prestes a anunciar sua candidatura, o presidente simplesmente respondeu: "Não sei."

Os principais meios de comunicação americanos, liderados pelo Washington Post, citaram múltiplas fontes anônimas na noite de quinta-feira que garantiram que Biden, de 80 anos, anunciará formalmente a sua candidatura na próxima semana. Possivelmente na terça.

Não obstante, e em ocasiões anteriores, o entorno de Biden muitas vezes deu pistas sobre um anúncio iminente que nunca se materializou.

Isso aconteceu em janeiro, fevereiro e no início de abril. Neste mês, o meio Axios citou mais fontes anônimas que afirmaram que a decisão poderia levar meses.

A especulação mais recente difere-se por sua especificidade e iminência. Até agora, ninguém, anônimo ou não, está negando que isto seja certo.

Na terça-feira é o aniversário do dia em que Biden lançou a campanha em 2019 que finalmente levou à derrota de Donald Trump em 2020.

O simbolismo de um novo anúncio, particularmente quando o principal desafiador neste momento é o próprio Trump, seria mais forte.

- Calendário politicamente amigável -

Não há qualquer menção sobre eventos eleitorais no calendário da Casa Branca para Biden na próxima semana. Contudo, um anúncio encaixaria muito bem em sua agenda, especialmente se for através de um pronunciamento em vídeo, como a imprensa informou que será.

Na segunda, Biden presidirá a cerimônia que premia os professores do ano. Além disso, receberá três congressistas democratas do Tennessee cuja reivindicação por um controle de armas maior na legislatura estadual despertou interesse nacional diante da frustração pelos incidentes incessantes envolvendo armas de fogo no país.

A educação pública e as iniciativas por mais controle de armas são duas prioridades de Biden.

Na terça, dia em que se especula o possível anúncio de sua candidatura à reeleição, ele tratará, em uma conferência sindical, do um tema que será recorrente em sua provável campanha eleitoral: como o seu governo está "recuperando empregos na indústria" e "reconstruindo a classe média".

Depois, na quarta-feira, receberá o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, para um jantar de Estado. O evento vai destacar as tentativas audaciosas de Biden para fortalecer a política externa americana ao restaurar alianças que foram rompidas com Trump.

- 'Não neste púlpito' -

Diante de qualquer pergunta sobre a possível candidatura de Biden à reeleição, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, recorre à lei Hatch, que proíbe o envolvimento dos funcionários federais em campanhas políticas.

"Sei que há muito interesse nisso. Obviamente que entendo, as perguntas sobre isso, as notícias que vimos nas últimas 24 horas", disse a porta-voz na sexta-feira, no início de sua apresentação diária.

"Em relação ao que tem a ver com os planos del presidente para 2024, só quero dizer que... a lei federal me proíbe de falar sobre temas relacionados neste púlpito".

Sua tentativa de dissuadir os jornalistas a remexerem nesse tema resultou em formas criativas de se fazer essa pergunta.

"O presidente tem algum plano para celebrar o quarto aniversário de seu anúncio de campanha?", perguntou um.

"Quem poderia responder perguntas sobre 2024?", lançou outro.

"Não é uma pergunta sobre 2024, nem do tipo lei Hatch", assinalou outro, provocando risos em Jean-Pierre e sua réplica subsequente: "Isso é o que você pensa."

"Não tenho nada a dizer sobre 2024", resumiu a porta-voz. "De todas as formas, não é algo que vai sair deste púlpito", frisou.

C.Stevenson--TNT

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