The National Times - Venezuela será tema central da reunião entre Biden e Petro na Casa Branca

Venezuela será tema central da reunião entre Biden e Petro na Casa Branca


Venezuela será tema central da reunião entre Biden e Petro na Casa Branca
Venezuela será tema central da reunião entre Biden e Petro na Casa Branca / foto: © AFP

Gustavo Petro tentará, nesta quinta-feira (20), obter um gesto de Joe Biden em relação à Venezuela, levantando sanções impostas ao governo de Nicolás Maduro, durante uma reunião na Casa Branca, em que também discutirão políticas antidrogas, migração e clima.

Alterar tamanho do texto:

Venezuela será "o tema central" da primeira reunião entre os presidentes da Colômbia e dos Estados Unidos, às 14h30 (15h30 no horário de Brasília), segundo fontes consultadas pela AFP.

"É um encontro de duas pessoas que são obviamente diferentes, que têm alguns pontos em comum na agenda internacional", declarou Petro nesta quinta a um grupo de jornalistas.

Para o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, é importante não sair de mãos vazias antes da conferência internacional que Bogotá sediará em 25 de abril sobre o estagnado diálogo político na Venezuela.

Os Estados Unidos é um dos participantes da conferência. Maduro não estará presente, embora tenha dado seu aval, e a oposição também não, mas se reunirá com Petro dias antes.

Desde sua chegada aos Estados Unidos, onde fez escalas de trabalho em Nova York e na Califórnia, o ex-guerrilheiro pede "mais democracia, zero sanções" à Venezuela, país com o qual restabeleceu relações após três anos de ruptura diplomática.

Em 2019, os Estados Unidos e a maioria de seus aliados reconheceram o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino por considerarem que a reeleição de Maduro foi fraudulenta.

Esse apoio levou a sanções para pressionar o governante socialista, que incluem ações diretas contra setores econômicos como o petróleo, e medidas contra membros do governo venezuelano que já estavam sendo impostas desde 2015.

A partir de 2019, porém, o panorama regional mudou muito, e os inimigos de Maduro na Colômbia e no Brasil foram substituídos por presidentes de esquerda. Também há uma mudança na política dos Estados Unidos, com uma flexibilização das sanções e uma troca de prisioneiros no ano passado.

Por enquanto, Washington adverte que manterá as sanções até ver "passos concretos" em direção a uma democratização e insiste em que seu objetivo são eleições "livres e justas".

Mas as conversas entre o governo e a oposição estão paradas desde novembro. Maduro sabe que sua principal vantagem é condicionar o diálogo ao levantamento de sanções e não cede.

E é aí que entra Petro, diante do desafio de facilitar que ambos deem um passo à frente. Na segunda-feira em Nova York, pediu à Venezuela que empreenda "o caminho do diálogo".

- Combate às drogas -

Os dois governantes também vão abordar outros assuntos, como a luta contra a mudança climática e o narcotráfico, bem como os desafios migratórios, segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

O ex-guerrilheiro, de 63 anos, é crítico da guerra contra as drogas apoiada pelos Estados Unidos e propõe focar no consumo, em vez da produção, assim como o fim da perseguição aos pequenos cultivadores.

"Sem dúvida, existem diferenças; acreditamos que a guerra contra as drogas fracassou. Estes 50 anos demonstram um balanço absolutamente desastroso, tanto aqui nos Estados Unidos como em toda a nossa América Latina", afirmou ele nesta quinta.

"Queremos abrir a discussão sobre este tema e como a política internacional de drogas se articula com o crescimento da violência em toda a América e a violência na Colômbia", acrescentou.

Em março, o chefe da diplomacia americana para a América Latina e o Caribe, Brian Nichols, disse que será "muito difícil" o plano antidrogas de Petro ter sucesso, se não erradicar cultivos.

Esta mudança de foco na luta antidrogas faz parte da política de "paz total", com a qual o presidente pretende pôr fim a mais de seis décadas de violência na Colômbia.

O Estado Maior Central (EMC), a maior facção de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que se afastaram do histórico acordo de paz de 2016, declarou estar disposto a dialogar com o governo.

E já abriu negociações com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), surgida em 1964, que manteve diálogos de paz frustrados com cinco governos.

Petro também levará para a reunião com Biden a luta contra a mudança climática e a importância de uma "economia descarbonizada".

"Sem dúvida, o tema climático é uma agenda comum entre o presidente Biden e nós", disse nesta quinta.

Em uma reunião na quarta-feira com a "bancada progressista", discutiu "como juntar o progressismo norte-americano com o progressismo latino-americano em torno de uma nova economia que precisa superar a crise climática", acrescentou o presidente colombiano.

A.Davey--TNT

Apresentou

Lancha com 21 pessoas a bordo, a maioria migrantes venezuelanos, naufraga no Panamá

Uma lancha com 19 migrantes venezuelanos e colombianos e dois tripulantes panamenhos naufragou no Caribe, após partir do Panamá em direção a um porto colombiano, informou, neste sábado (22), a polícia de fronteiras responsável pelos resgates. Ainda não houve a divulgação de um relatório de vítimas.

Israel atrasa libertação de prisioneiros palestinos após devolução de seis reféns

Israel atrasou, neste sábado (22), a libertação de centenas de prisioneiros palestinos, após a entrega, por parte do Hamas, de seis reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza, nos termos do acordo de trégua, cuja primeira fase está prestes a terminar.

Hamas liberta mais seis reféns israelenses no âmbito de acordo de trégua em Gaza

O Hamas libertou, neste sábado (22), seis reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza, no âmbito da primeira fase de uma frágil trégua em vigor desde 19 de janeiro entre o movimento islamista palestino e Israel.

EUA propõe resolução na ONU sobre Ucrânia sem mencionar integridade territorial

Com o desejo de obter um fim rápido para o conflito na Ucrânia, os Estados Unidos propuseram um projeto de resolução na Assembleia Geral da ONU que não menciona o respeito à integridade territorial do país europeu, após um novo ataque do presidente americano, Donald Trump, contra seu homólogo Volodimir Zelensky.

Alterar tamanho do texto: