The National Times - Juíza manda corrigir erros em material escolar de São Paulo

Juíza manda corrigir erros em material escolar de São Paulo


Juíza manda corrigir erros em material escolar de São Paulo
Juíza manda corrigir erros em material escolar de São Paulo / foto: © AFP/Arquivos

A cidade de São Paulo, a aproximadamente 70 quilômetros do mar, tem praias e a água pode causar mal de Parkinson. É o que ensina o material escolar digital do estado mais populoso do país e cuja distribuição foi suspensa por uma juíza nesta segunda-feira (4).

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Nos últimos dias, professores da rede pública de educação começaram a detectar erros de conteúdo nas apresentações dos materiais preparados pela secretaria de Educação do estado.

Uma delas afirma erroneamente que a cidade de São Paulo tem praias.

Em outro erro, afirma-se que a água, se estiver contaminada com mercúrio ou produtos químicos, pode causar mal de Parkinson, Alzheimer ou depressão.

Os materiais de Física também mencionam uma descoberta em 1985 do físico e astrônomo francês Jean Foucault, que morreu em 1868.

Nesta segunda-feira, a juíza Simone Rodrigues, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), determinou a suspensão do material digital "até que seja revisado e siga os padrões estabelecidos pelo Ministério da Educação e diretrizes curriculares".

"Existem erros de conteúdo, que merecem ser corrigidos pelo órgão responsável", apontou.

A magistrada deu 48 horas para que o governo estadual retire o material sob pena de multa diária de 10 mil reais.

Segundo o portal de notícias g1, a secretaria de Educação corrigiu os erros e despediu os funcionários responsáveis.

O governo de São Paulo já havia causado polêmica no mês passado quando decidiu substituir os livros didáticos impressos por versões digitais a partir do ano que vem em algumas séries de suas escolas públicas.

Especialistas criticaram a medida, entre outras coisas, pela dificuldade de passar para uma digitalização total em tão pouco tempo em um país onde muitos alunos não têm sequer acesso à Internet.

O secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, argumentou na época que os livros impressos distribuídos pelo ministério da Educação (MEC) "perderam conteúdo, profundidade, estão superficiais".

A digitalização dos livros é parte de uma restruturação do plano de ensino nas 5.300 escolas do estado.

A.M.James--TNT