The National Times - Cepal reduz estimativa de crescimento da América Latina em 2025 por guerra tarifária

Cepal reduz estimativa de crescimento da América Latina em 2025 por guerra tarifária


Cepal reduz estimativa de crescimento da América Latina em 2025 por guerra tarifária
Cepal reduz estimativa de crescimento da América Latina em 2025 por guerra tarifária / foto: © AFP

A guerra tarifária provocada pelos Estados Unidos reduzirá para 2% o crescimento da América Latina este ano, projetou a Cepal nesta terça-feira (29).

Alterar tamanho do texto:

Segundo nota da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a região enfrenta "um cenário internacional muito complexo e de muita incerteza" após o anúncio do 'tarifaço' feito no início do mês pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em dezembro, antes do retorno de Trump à Casa Branca, a Cepal tinha previsto uma expansão regional de 2,4% para 2025.

Mas, a comissão ajustou suas estimativas "para baixo", após o cenário aberto em 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas alfandegárias recíprocas, que acabaram resultando em uma taxa universal de 10% para a maioria dos países latino-americanos, segundo o organismo técnico das Nações Unidas.

A China levou a pior e Pequim reagiu com tarifas sobre os produtos americanos.

Segundo a Cepal, a região será diretamente impactada em seu comércio com os Estados Unidos, que juntamente com a China, são seus principais parceiros comerciais.

A maior volatilidade dos mercados financeiros, a desaceleração da demanda externa, a instabilidade cambiária, um menor dinamismo da demanda interna e dos investimentos também vão afetar a região, segundo a Cepal.

Por sua dependência maior dos Estados Unidos, o Caribe, a América Central e o México serão os mais afetados.

Em um cenário em que a maioria das estimativas para este ano é reduzida, a Argentina é o único país que registra um aumento (+0,7%), alcançando uma expansão estimada do PIB de 5% no segundo ano do governo do libertário Javier Milei.

O Brasil, a maior economia da região, crescerá 2%.

C.Bell--TNT