The National Times - Trump opta por falcões para seu futuro governo

Trump opta por falcões para seu futuro governo


Trump opta por falcões para seu futuro governo
Trump opta por falcões para seu futuro governo / foto: © GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu Tom Homan como "czar" da fronteira para as deportações de migrantes e poderá anunciar, segundo a imprensa, outros dois falcões: Michael Waltz como conselheiro de Segurança Nacional e o latino Marco Rubio como chefe da diplomacia.

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Segundo o The New York Times, Trump decidiu nomear o senador da Flórida, Marco Rubio, de origem cubana, como secretário de Estado, mas a decisão não é definitiva.

O vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado seria o primeiro latino a ocupar o cargo.

Na política externa, Rubio é a favor de exercer pressão máxima sobre a China e o Irã e de acabar com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Ele também é muito crítico do governo castrista de Cuba, do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do nicaraguense Daniel Ortega.

O senador de 53 anos e Trump foram rivais nas primárias republicanas de 2016. Naquela época, a relação entre os dois era execrável e os insultos estavam na ordem do dia.

Mas na política a memória é curta e eles passaram de inimigos a aliados.

O congressista da Flórida Michael Waltz emerge como conselheiro de Segurança Nacional, de acordo com o The Washington Post e o The Wall Street Journal.

Waltz, um veterano das forças especiais do Exército, fez um discurso elogiando o magnata conservador na Convenção Nacional Republicana em julho, no qual defendeu a "paz através da força dos Estados Unidos".

Em janeiro de 2023, o congressista co-apresentou um projeto de lei para autorizar o uso da força militar contra os cartéis de drogas mexicanos, que ele culpa pelo contrabando de fentanil através da fronteira com os Estados Unidos.

No domingo, Trump anunciou que confiará o controle da fronteira a Tom Homan, que já comandou o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).

Homan retornará com a missão de implementar a promessa de Trump de realizar a maior deportação de migrantes em situação irregular da história dos Estados Unidos.

Na segunda-feira, Trump, que tomará posse em janeiro, nomeou Lee Zeldin, um ex-congressista republicano de 44 anos do estado de Nova York, como chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA).

Ele o descreveu como um lutador pelas políticas "Estados Unidos primeiro", que tomará decisões para reverter as proteções promulgadas pela administração do democrata Joe Biden.

- Embaixadora na ONU -

Na mesma linha, o magnata anunciou a congressista republicana Elise Stefanik, de 40 anos, como embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas: "Ela é uma combatente incrivelmente forte, dura e inteligente".

Eleita para o Congresso em 2014 com apenas 30 anos, Stefanik inicialmente posicionou-se como uma voz moderada, mas gradualmente afirmou-se como pró-Trump.

Ganhou destaque nacional pela defesa impetuosa do ex-presidente em seu primeiro processo de impeachment, em 2019, e se recusou a certificar o voto quando Biden venceu as eleições em 2020.

Israel saudou a nomeação e o seu embaixador na ONU, Danny Danon, felicitou Stefanik. "Em um momento em que o ódio e as mentiras enchem os corredores da ONU, a sua clareza moral inabalável é mais necessária do que nunca", escreveu ele.

Na política americana, o cargo de embaixador na ONU serve frequentemente como um trampolim para cargos mais altos.

- Evitar o Senado -

De acordo com a Constituição dos EUA, o Senado deve aprovar as nomeações feitas pelo presidente.

Porém, Trump já disse que tentará pular esta etapa, apesar de os republicanos terem tomado dos democratas o controle da Câmara Alta.

Para isso, pretende usar uma cláusula constitucional que permite ao presidente fazer nomeações temporárias quando o Senado não estiver operando.

O republicano, 45º e em breve 47º presidente dos Estados Unidos, será recebido por Biden na quarta-feira na Casa Branca.

Ele fez sua primeira nomeação importante na quinta-feira, quando anunciou Susie Wiles como chefe de gabinete, a primeira mulher a ocupar esta posição estratégica.

Wiles foi a arquiteta da campanha eleitoral bem-sucedida com a qual Trump venceu os sete estados principais e conquistou 312 votos no Colégio Eleitoral contra 226 da vice-presidente democrata Kamala Harris, além do voto popular a seu favor.

T.Cunningham--TNT