The National Times - Cuba culpa 'perseguição energética' por interrupções na produção de eletricidade

Cuba culpa 'perseguição energética' por interrupções na produção de eletricidade


Cuba culpa 'perseguição energética' por interrupções na produção de eletricidade
Cuba culpa 'perseguição energética' por interrupções na produção de eletricidade / foto: © AFP

A "perseguição energética" e a falta de divisas devido ao embargo dos Estados Unidos estão impedindo Cuba de ter combustível suficiente para gerar eletricidade, afirmou nesta quinta-feira (21) o presidente Miguel Díaz-Canel, após protestos na ilha devido à falta de luz e alimentos.

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"Nos últimos meses, temos enfrentado a falta de dois combustíveis para garantir a cobertura da geração elétrica nos momentos de pico, que são o diesel e o óleo combustível", afirmou Díaz-Canel em um vídeo divulgado pela presidência.

O presidente explicou que a escassez se deve "à perseguição energética imposta ao nosso país como parte do bloqueio e também porque nem sempre temos os fundos necessários para comprar esses combustíveis".

No último domingo, grupos de até 500 pessoas foram às ruas da ilha de forma pacífica pedindo "comida e eletricidade", em manifestações que foram as maiores registradas no país desde os protestos históricos de 11 de julho de 2021.

"Temos acumulado longos apagões que incomodam muito a população", admitiu o presidente, que também mencionou as "carências de alimentos" devido às "falhas na distribuição oportuna da cesta básica".

Díaz-Canel afirmou que os Estados Unidos pressionam "empresas fornecedoras de combustível", bem como as companhias de navegação e as seguradoras, para que esse produto não chegue à ilha.

Por mais de seis décadas, os Estados Unidos impuseram um embargo a Cuba, que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) endureceu ao incluir novamente a ilha em sua lista de patrocinadores do terrorismo, uma política que seu sucessor Joe Biden não modificou.

Desde o início de março, Cuba enfrentou um maior número de cortes devido aos trabalhos de manutenção na usina termoelétrica Antonio Guiteras, a mais importante da ilha, localizada na província central de Matanzas.

No último fim de semana, o problema se agravou devido à escassez de combustível no país, necessário para alimentar as outras usinas termoelétricas.

O ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, afirmou nesta quinta-feira que no domingo das manifestações houve locais no país que ficaram sem luz por até 18 horas.

Em 2023, a ilha havia se recuperado dos apagões diários que enfrentou quase todo o ano anterior e que provocaram surtos de protestos sociais.

V.Bennett--TNT