The National Times - Microsoft apresenta 'Starfield', sua aposta de jogo no estilo Hollywood

Microsoft apresenta 'Starfield', sua aposta de jogo no estilo Hollywood


Microsoft apresenta 'Starfield', sua aposta de jogo no estilo Hollywood
Microsoft apresenta 'Starfield', sua aposta de jogo no estilo Hollywood / foto: © GETTY/AFP

Um dos jogos mais esperados em anos, "Starfield", será lançado mundialmente nesta quarta-feira (6) em uma aposta bilionária da Microsoft, que investiu em publicidade e no padrão de produção de um sucesso de bilheteria de Hollywood.

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A gigante da tecnologia vê no jogo uma potência para atrair jogadores para o seu serviço de assinatura Xbox.

Para a estratégia, foram necessários grandes investimentos no setor, que representa mundialmente cerca de US$ 200 bilhões (R$ 983,4 bilhões).

"Starfield", um RPG que abrange todo o universo, foi idealizado pelo estúdio americano Bethesda, comprado em 2020 pela Microsoft como parte de um acordo de US$ 7,5 bilhões (R$ 36,8 bilhões) para fortalecer a posição do console Xbox contra a plataforma rival PlayStation, de outra gigante, a Sony.

Agora, a Microsoft procura adquirir outro estúdio, a Activision Blizzard, por US 75 bilhões (R$ 368,7 bilhões), uma operação vigiada pelos reguladores, que temem uma concentração do setor.

As apostas altas por "Starfield" são apoiadas por uma classificação 87 de 100 no site de críticas Metacritic, calculadas com base nas primeiras impressões dos críticos e nos vídeos muito positivos de jogadores no YouTube.

Os comentaristas elogiam sua escala épica, sua infinidade de histórias interativas, o combate emocionante e a maneira como faz alusão às franquias de filmes "Star Trek", "Star Wars" e "Blade Runner".

Os elogios ressaltam o crescente fascínio por jogos que se tornaram cada vez mais cinematográficos, com atuações mais sutis, narrativas que envolvem dilemas morais e histórias de grande orçamento e evolução de vários anos.

Essas características significam que são, essencialmente, "filmes interativos", afirmou Simon Little, diretor da Video Games Europe, uma organização que representa os desenvolvedores de jogos europeus.

Entre os títulos deste ano que possuem essas mesmas características, destaca-se "Hogwarts Legacy", desenvolvido pela Avalanche Software, propriedade da Warner Bros.

Outro é "Baldur's Gate 3", um jogo de RPG criado pela Larian Studios, com sede na Bélgica, que alcançou uma pontuação de 96 no Metacritic após seu lançamento no mês passado para computador. Sua versão para PlayStation será lançada na quarta-feira, no mesmo dia que "Starfield" será lançado para Xbox.

- Décadas de entretenimento -

Embora "Hogwarts Legacy" tenha ultrapassado US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões) em vendas meses após seu lançamento, a Microsoft pretende que "Starfield" seja a isca para "amarrar" os jogadores à plataforma Xbox.

O jogo estará disponível através do serviço de assinatura da biblioteca de jogos Xbox Game Pass, que custa US$ 11 (R$ 54) por mês, substancialmente menos do que o preço de US$ 70 (R$ 344,19) para comprar a versão básica.

A estratégia é manter os assinantes, que pagarão mensalmente por jogos online aos quais novas histórias podem ser constantemente adicionadas durante anos ou décadas, como "Starfield".

"Ao contrário de um livro ou filme, que termina depois de escrito, um grande jogo online do ponto de vista do desenvolvimento nunca está realmente concluído", disse Little.

"Eles estão constantemente melhorando, modificados e ampliados, apenas para manter os jogadores engajados e interessados, para que possam jogar e se divertir", continuou o diretor.

O estúdio Bethesda, por exemplo, desenvolveu há 12 anos o jogo de aventura de espada e feitiçaria "Skyrim", parte da franquia "The Elder Scrolls", muito popular até hoje.

"Se você olhar para o nosso número de jogadores em ‘Skyrim’, você percebe que este não é um jogo medido em horas", disse Peter Hines, vice-presidente da Bethesda, durante a feira de jogos Gamescom, no mês passado.

Com 1.000 planetas para explorar, a Bethesda espera que "Starfield" seja consumido nas próximas décadas à medida que novas narrativas ampliem a história atual - que já leva mais de 100 horas para ser concluída.

T.Cunningham--TNT