The National Times - TikTok acredita que impedirá proibição no estado de Montana

TikTok acredita que impedirá proibição no estado de Montana


TikTok acredita que impedirá proibição no estado de Montana
TikTok acredita que impedirá proibição no estado de Montana / foto: © AFP/Arquivos

O TikTok espera acabar com a proibição de uso no estado de Montana, nos Estados Unidos, afirmou seu CEO, Shou Zi Chew, nesta terça-feira (23), depois que a rede social chinesa apresentou um recurso legal contra a medida.

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"Recentemente entramos com uma ação; o assunto está nos tribunais e estamos confiantes de que venceremos", disse Shou Zi Chew ao Fórum Econômico do Catar.

"Acreditamos que a lei recentemente aprovada em Montana é simplesmente inconstitucional" porque atenta contra o direito à liberdade de expressão, insistiu o executivo.

A proibição, que deve entrar em vigor em 2024, é um teste para o futuro do aplicativo nos Estados Unidos.

Muitos políticos americanos acreditam que o aplicativo de vídeos curtos, de propriedade da empresa chinesa ByteDance, está sob o controle do governo chinês e que seria uma ferramenta de espionagem a serviço de Pequim, o que a empresa nega de modo veemente.

Na segunda-feira, o TikTok entrou com uma ação em um tribunal federal dos EUA para impedir que Montana implemente a proibição da rede social. A proibição foi sancionada pela assinatura do governador de Montana, Greg Gianforte, em 17 de maio.

Gianforte afirmou no Twitter que apoiava a proibição de "proteger os dados pessoais e privados dos habitantes de Montana do Partido Comunista Chinês".

O recurso do TikTok considera que o estado de Montana "promulgou essas medidas extraordinárias e sem precedentes com base em nada mais do que especulações infundadas".

Na semana passada, cinco usuários do TikTok entraram individualmente com um recurso no tribunal federal de Montana para anular a proibição geral, argumentando que viola seu direito à liberdade de expressão.

Os dois recursos apresentados contra a decisão do estado de Montana argumentam que ela viola o direito à liberdade de expressão e tenta se apropriar de poderes do governo federal, que é responsável por questões de segurança nacional.

- Proibições em cascata -

Chew insistiu que o TikTok tomou medidas para proteger os dados dos usuários nos Estados Unidos, armazenando-os "em território americano por uma empresa americana e sob a supervisão de pessoal americano".

"Acreditamos que tomamos medidas que estão acima do que nossa indústria tem feito para proteger a segurança de cada usuário nos Estados Unidos", enfatizou o executivo.

Em março, Chew teve que enfrentar em uma comissão do Congresso dos Estados Unidos os ataques de legisladores democratas e republicanos, sobre os supostos vínculos do aplicativo com o poder chinês e seu perigo para a saúde mental e física dos adolescentes.

Com mais de 1 bilhão de usuários ativos em todo o mundo, incluindo cerca de 150 milhões nos Estados Unidos, o TikTok faturou US$ 11 bilhões (R$ 57,3 bilhões, na cotação da época) em receita de publicidade no ano passado.

Com seu poderoso algoritmo baseado em inteligência artificial, o TikTok se manteve na vanguarda do setor e atraiu criativos e influenciadores digitais. Mas também é frequentemente acusado de espalhar desinformação.

Entre os contratempos sofridos, o governo federal dos Estados Unidos e a Comissão Europeia proibiram seus funcionários de usar o TikTok em seus dispositivos móveis. O Reino Unido fez o mesmo com seus legisladores.

No mês passado, a Austrália se juntou à lista de países que proíbem o uso do aplicativo em dispositivos móveis do governo. A agência reguladora de dados do Reino Unido impôs uma multa de 12,7 milhões de libras (US$ 15,9 milhões, R$ 79,5 milhões na cotação da época) ao aplicativo por permitir que 1,4 milhão de crianças menores de 13 anos usassem a plataforma, o que viola suas próprias regras.

P.Johnston--TNT