Deputado conservador britânico é preso por suspeita de estupro
Um deputado conservador do Reino Unido foi detido por suspeita de estupro, informaram, nesta quinta-feira (26), seu advogado e a polícia.
"Podemos confirmar que um homem foi detido ontem [quarta-feira] pela manhã [...] sob suspeita de estupro e posse de substâncias reguladas", disse a polícia de Surrey, ao sul de Londres.
O homem foi liberado após pagamento de fiança e as investigações continuam, acrescentou a força de segurança.
Crispin Blunt, de 63 anos, confirmou na rede social X (antigo Twitter) que o homem detido na quarta-feira era ele. "Já me interrogaram duas vezes em relação a este incidente", disse.
Segundo o legislador, a primeira vez foi há três semanas, quando manifestou à polícia sua "preocupação" por ser vítima de uma "extorsão". "A segunda vez foi esta manhã", escreveu.
"A prisão foi desnecessária, já que sigo disposto a cooperar plenamente com as investigações, que confio que serão concluídas sem acusações", acrescentou Blunt.
O deputado foi suspenso imediatamente por seu partido, segundo meios de comunicação britânicos. O caso se junta a uma série de escândalos recentes no Partido Conservador, liderado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.
Em maio do ano passado, um legislador conservador, cuja identidade não foi revelada, foi detido por suspeita de estupro e má conduta em cargo público, entre outras acusações.
Outro deputado conservador também foi preso por acusações de estupro em 2020. Seu nome nunca veio à tona e a polícia encerrou a investigação sem apresentar acusações.
Os conservadores estão atrás do Partido Trabalhista, de oposição, nas pesquisas para as eleições gerais previstas para o ano que vem.
Na semana passada, os conservadores sofreram duas duras derrotas para os trabalhistas em eleições locais, uma delas provocada pela renúncia do deputado Chris Pincher após a revelação de que ele havia cometido atos de importunação sexual contra dois homens.
Na quarta-feira, o deputado conservador Peter Bone foi suspenso do parlamento durante seis semanas por assédio e conduta sexual inapropriada contra um funcionário.
R.Hawkins--TNT