Robert Card, um soldado do Exército dos EUA suspeito pelo massacre no Maine
Robert Card, um reservista do Exército dos Estados Unidos, foi identificado como o suposto autor do ataque a tiros que matou 18 pessoas em uma pequena cidade no estado do Maine.
O ataque, que ocorreu em uma pista de boliche e em um bar em Lewiston, na noite de quarta-feira (25), é um dos mais mortais registrados desde 2017, quando um homem armado abriu fogo em um festival em Las Vegas, deixando 60 mortos.
As autoridades emitiram um mandado de prisão por homicídio contra Card, informou o coronel William Ross, da Polícia do estado de Maine, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26).
Segundo ele, Card "está armado e é perigoso", alertando às pessoas para não se aproximarem dele.
O departamento de polícia de Lewiston divulgou fotos de um homem de barba, vestindo jaqueta marrom, calça azul e sapatos marrons, com um fuzil semiautomático.
Nascido em 1983, Card é um instrutor de tiros certificado e reservista do Exército, segundo fontes policiais.
O Exército americano detalhou à AFP que o homem era um sargento de primeira classe na reserva "sem missões de combate" e que ele se alistou em dezembro de 2002.
De acordo com um site militar, ele se especializou em fornecer aos militares "o combustível necessário para se manterem sempre em estado de prontidão".
- "Problemas de saúde mental" -
As informações sobre o histórico de serviço de Card não mencionam que ele era instrutor de tiros, embora seja possível que ele tivesse formação civil e não militar.
Segundo o canal ABC News, o soldado passou duas semanas em uma unidade hospitalar de saúde mental no início deste ano, após supostamente ameaçar atirar contra uma base da Guarda Nacional americana.
A NBC News citou, por sua vez, um boletim policial segundo o qual Card apresentou "recentemente problemas de saúde mental que incluíam escutar vozes e [fazer] ameaças de disparar contra a base da Guarda Nacional" em Saco, no Maine.
Liam Kent, morador do estado do Maine, contou à NBC que cresceu perto de Card e sua família, a quem descreveu como "fanáticos por armas". "Eles estão intimamente associados às milícias de direita" relatou, afirmando que os vizinhos "mantêm distância" deles.
M.Wilson--TNT