The National Times - Prisão preventiva para homem que matou professor na França

Prisão preventiva para homem que matou professor na França


Prisão preventiva para homem que matou professor na França
Prisão preventiva para homem que matou professor na França / foto: © AFP

A justiça francesa ordenou a prisão preventiva do homem que assassinou um professor na França na semana passada e reivindicou o crime em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Alterar tamanho do texto:

Mohammed Mogouchkov, um russo de 20 anos que tinha ficha criminal por radicalização, foi acusado de assassinato e tentativas de assassinato em um ato terrorista, entre outras acusações, anunciou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat).

O juiz de instrução também acusou o irmão de Mougochkov de 16 anos por cumplicidade, como foi solicitado pelo procurador antiterrorista Jean-François Richard, por considerar que ele prestou "algum tipo de apoio", em particular no "uso de facas".

Os dois foram colocados em prisão preventiva. A justiça também acusou um primo dos dois, de 15 anos, por ter conhecimento do plano de ataque e não fazer nada "deliberadamente" para impedir o crime.

Mogouchkov assassinou na sexta-feira (13) Dominique Bernard, professor de francês de 57 anos, na escola em que foi aluno em Arras (norte), quase três anos após o assassinato, na região de Paris, do professor Samuel Paty por outro islamita radical.

Antes de esfaquear Bernard, o criminoso gravou um áudio em que jurava lealdade ao EI e mencionou "apoio aos muçulmanos" no Iraque, Ásia e Palestina, mas sem vincular "diretamente" o ataque à guerra entre Israel e Hamas, afirmou Richard.

Minutos antes do ataque, o jovem também gravou um vídeo diante de um monumento em homenagem aos mortos no qual atacou os "valores dos franceses", com palavras "muito ameaçadoras", acrescentou o procurador.

Após o ataque em Arras, o governo da França elevou o nível de alerta para "emergência de atentado", em um momento de grande tensão, devido ao temor de que o conflito no Oriente Médio seja importado para o território francês, onde vive a maior comunidade judaica da Europa.

Após o ataque, fontes do Ministério do Interior informaram que querem expulsar 11 russos que constam nos arquivos de pessoas radicalizadas e são considerados "ativos" e "perigosos".

R.Evans--TNT